Fogo Cruzado

Blog de Lucas Martins e Walter Freitas. Aqui você encontra as inconfidências sobre a política mineira e nacional, humor político e social, fotos e as mais importantes notícias para seu maior entendimento sobre a democracia brasileira.

30.12.06

Terceira onda por acontecer em Minas

A primeira onda de violência do crime organizado aconteceu em São Paulo. A segunda, na quinta-feira, 28/12, no Rio de Janeiro, que deixou um rastro sangrento de 18 mortes e mais de 30 pessoas feridas. A terceira onda de violência pode ser em Minas. Afinal, o crime organizado também não atua por aqui?
Vale lembrar alguns dos bandidos famosos que passaram por Minas: Tomasio Bucceta [mafioso italiano]; Maurinho Branco [que seqüestrou o empresário Medina, do Rock In Rio] e o traficante Fernandinho Beira-Mar. Curiosamente, os três passaram por Betim, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

As duras lições de paulistas e fluminenses [cariocas] têm que ser absorvidas com atenção pelas autoridades mineiras. O governador Aécio Neves, que cresceu no Rio de Janeiro, sabe que não se pode descuidar. Afinal, a segurança não é a eterna vigilância?

Veja o relato do coronel da PM Jorge da Silva, ex-secretário de Direitos Humanos do Governo do Rio de Janeiro, que alerta: "a política de segurança brasileira é insustentável. Há um extermínio consentido".

Segundo o coronel, "no Rio, ocorrem 3 mil homicídios por ano. Disputamos o recorde mundial de assassinatos com lugares que estão em guerra declarada. Mas a esmagadora maioria das mortes é de gente que vive em favelas e periferias. Nossa limitada opinião pública só exige providências enérgicas quando as vítimas são das camadas mais altas. Tanto que só 5% dos homicídios são apurados e a polícia judiciária se ocupa mais de crimes contra o patrimônio, cujas vítimas têm mais posses. Há um extermínio consentido. Engana-se quem imagina que essa tragédia pode ser mantida a distância. A atual política, baseada na repressão violenta, esgotou-se, é insustentável. A situação só vai melhorar realmente se essas políticas, de segregação, forem trocadas por outras, que visem a uma igualdade real de direitos e à integração das camadas mais pobres."

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