São Paulo, quase uma Bagdá

Foto: Cacalo Kfouri
Toque de recolher: cidade de São Paulo ficou vazia na terça-feira, 16, após os ataques criminosos do fim de semana.

Balanço divulgado na tarde de sábado (20) pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo aponta que, até aquela data, o assassinado de 166 pessoas [entre policiais e civis] nos confrontos que começaram no dia 12 (sexta-feira) e se estenderam com violência até a terça-feira (16) e com menor intensidade durante a semana. Pelos números oficiais do governo paulista, morreram 23 policiais militares, seis policiais civis, três guardas metropolitanos, oito agentes penitenciários e 109 supostos criminosos. O governo paulista se nega a divulgar os nomes desses supostos bandidos. O governador Cláudio Lembo já admite que inocentes podem ter sido executados.
Foi uma semana para ser esquecida pelos 40 milhões de habitantes do maior e mais importante Estado brasileiro. Os paulistas e paulistanos [moradores da capital] viveram uma semana de horror, e passaram a conviver com expressões somente usadas em regiões conflagradas por guerras. O governo federal oferece insistentemente ajuda da Força Nacional de Segurança – cujo efetivo é de 4.000 homens bem treinados –, mas até agora, o único acordo que parece ter sido fechado por São Paulo foi com o chefe do crime organizado, o Marcola.
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